domingo, 19 de dezembro de 2010

Antífona do Ó

O Sapientia quæ ex ore Altissimi prodisti, attingens a fine usque ad finem, fortiter suaviter disponens omnia: Veni ad docendum nos viam prudentiae.

O Adonái et Dux domus Israel, qui Móysi in igne flammæ rubi apparuísti, et ei in Sina legem dedísti: veni ad rediméndum nos in brácchio exténto.

O Radix Jesse qui stas in signum populorum, super quem continebunt reges suum, quem gentes deprecabuntur: Veni ad liberandum nos; jam noli tardare.

O Clavis David et sceptrum domus Israel: qui aperis, et nemo claudit; claudis et nemo aperit: Veni, et educ vinctum de domo carceris, sedentem in tenebris et umbra mortis.

O Oriens splendor lucis æternæ, et sol justitiæ Veni et illumina sedentes in tenebris et umbra mortis.

O Rex gentium et desideratus earum lapisque angularis, qui facis utraque unum: Veni et salva hominem quem de limo formasti.

O Emmanuel, Rex et legifer noster, exspectatio gentium, et Salvador earum: Veni ad salvandum nos, Domine Deus noster.

As Antífonas do Ó são sete antífonas especiais, cantadas no Tempo do Advento, especialmente de 17 a 23 de dezembro antes e depois do Magnificat, na hora canônica dasVésperas. As Antífonas do Ó são assim chamadas porque tem início com esse vocativo.

As Antífonas do Ó foram compostas entre o século VII e o século VIII, sendo um compêndio de cristologia da antiga Igreja, um resumo expressivo do desejo de salvação, tanto de Israel no Antigo Testamento, como da Igreja no Novo Testamento. São orações curtas, dirigidas a Cristo, que resumem o espítito do Advento e do Natal. Expressam a admiração da Igreja diante do mistério de Deus feito Homem, buscando a compreensão cada vez mais profunda de seu mistério e a súplica final urgente: «Vem, não tardes mais!». Todas as sete antífonas são súplicas a Cristo, em cada dia, invocado com um título diferente, um título messiânico tomado do Antigo Testamento.

A reforma liturgica pós Vaticano II, ao introduzir o vernáculo na liturgia, não esqueceu os textos das Antífonas do Ó, veneráveis pela antiguidade e atribuídos por muitos ao Papa Gregório Magno (+604). Ela os valorizou ainda mais com aclamação ao Evangelho da Missa, além de conservá-los como antífonas do Magnificat. Cada antífona é composta de uma invocação, ligada a um símbolo do Messias, e de uma súplica, introduzida pelo verbo "vir".

Se lídas em sentido inverso, isto é, da última para a primeira, as iniciais latinas da primera palavra depois da interjeição «Ó», resultam no acróstico «ERO CRAS», que significa «serei amanhã, virei amanhã», que é a resposta do Messias à súplica dos fiéis.

Com a Igreja, rezamos a Antífona do Ó:

Ó Sabedoria da boca do Altíssimo, que abrange o começo e o fim e compenetra tudo com sua força e brandura! Vem, mostra-nos o caminho do reconhecimento.

Ó Adonai, Deus forte, condutor da casa de Israel! Apareceste a Moisés no fogo da sarça ardente e lhe deste a lei do Sinai. Vem, salva-nos com teu braço levantado.

Ó rebento da raiz de Jessé e estandarte dos povos, em tua frente emudecem os reis e os povos clamam por ti. Não tardes mais, vem libertar-nos!

Ó chave de Davi e cetro da casa de Israel! Tu abres e ninguém fecha, tu fechas e ninguém abre. Vem e liberta os cativos quejazem no cárcere no meio cias trevas e das sombras da morte.

Ó Oriente, Tu surges, brilho da luz eterna e sol dci justiça! Vem e traze-nos tua luz traze-a a todos os que jazem nas trevas e nas sombras da morte.

Ó Rei dos povos, saudade de todos os homens, pedra angular que reúne o que estava separado! Vem e salva os homens que criaste do barro.

Ó Emanuel, nosso Rei e Juiz, saudade dos povos e Redentor! Vem salvar-nos, Senhor Deus nosso!"

"Derramai, ó céus, o vosso orvalho! Nuvens chovei o justo! 
Abra-se a terra e germine o Salvador!"


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