segunda-feira, 30 de maio de 2011

«MISSA É COMO UM POEMA, NÃO SUPORTA ENFEITE NENHUM»

Escritora brasileira defende resgate da beleza na celebração da liturgia

APARECIDA, domingo, 2 de dezembro de 2007 (ZENIT.org).- Ao defender o esmero com as celebrações litúrgicas e a beleza como uma «necessidade vital» que deve permeá-las, a escritora brasileira Adélia Prado afirma que «a missa é como um poema, não suporta enfeite nenhum».

«A missa é a coisa mais absurdamente poética que existe. É o absolutamente novo sempre. É Cristo se encarnando, tendo a sua Paixão, morrendo e ressuscitando. Nós não temos de botar mais nada em cima disso, é só isso», enfatiza.

Poeta e prosadora, uma das mais renomadas escritoras brasileiras da atualidade, Adélia Prado, 71 anos, falou sobre o tema da linguagem poética e linguagem religiosa essa quinta-feira, em Aparecida (São Paulo), no contexto do evento «Vozes da Igreja», um festival musical e cultural.

Ao propor a discussão do resgate da beleza nas celebrações litúrgicas, Adélia Prado reconheceu que essa é uma preocupação que a tem ocupado «há muitos anos». «Como cristã de confissão católica, eu acredito que tenho o dever de não ignorar a questão», disse.

«Olha, gente – comentou com um tom de humor e lamento –, têm algumas celebrações que a gente sai da igreja com vontade de procurar um lugar para rezar.»

Como um primeiro ponto a ser debatido, Adélia colocou a questão do canto usado na liturgia. Especialmente o canto «que tem um novo significado quanto à participação popular», ele «muitas vezes não ajuda a rezar».

«O canto não é ungido, ele é feito, fazido, fabricado. É indispensável redescobrir o canto oração», disse, citando o padre católico Max Thurian, que, observador no Concílio Vaticano II ainda como calvinista, posteriormente converteu-se ao catolicismo e ordenou-se sacerdote.

Adélia Prado reforçou as observações, enfatizando que «o canto barulhento, com instrumentos ruidosos, os microfones altíssimos, não facilita a oração, mas impede o espaço de silêncio, de serenidade contemplativa».

Segundo a poeta, «a palavra foi inventada para ser calada. É só depois que se cala que a gente ouve. A beleza de uma celebração e de qualquer coisa, a beleza da arte, é puro silêncio e pura audição».

«Nós não encontramos mais em nossas igrejas o espaço do silêncio. Eu estou falando da minha experiência, queira Deus que não seja essa a experiência aqui», comentou.

«Parece que há um horror ao vazio. Não se pode parar um minuto». «Não há silêncio. Não havendo silêncio, não há audição. Eu não ouço a palavra, porque eu não ouço o mistério, e eu estou celebrando o mistério», disse.

De acordo com a escritora mineira (natural de Divinópolis), «muitos procedimentos nossos são uma tentativa de domesticar aquilo que é inefável, que não pode ser domesticado, que é o absolutamente outro».

«Porque a coisa é tão indizível, a magnitude é tal, que eu não tenho palavras. E não ter palavras significa o quê? Que existe algo inefável e que eu devo tratar com toda reverência.»

Adélia Prado fez então críticas a interpretações equivocadas que se fizeram do Concílio Vaticano II na questão da reforma litúrgica.

«Não é o fato de ter passado do latim para a língua vernácula, no nosso caso o português, não é isso. Mas é que nessa passagem houve um barateamento. Nós barateamos a linguagem e o culto ficou empobrecido daquilo que é a sua própria natureza, que é a beleza.»

«A liturgia celebra o quê?» – questionou –. «O mistério. E que mistério é esse? É o mistério de uma criatura que reverencia e se prostra diante do Criador. É o humano diante do divino. Não há como colocar esse procedimento num nível de coisas banais ou comuns.»

Segundo Adélia, o erro está na suposição de que, para aproximar o povo de Deus, deve-se falar a linguagem do povo.

«Mas o que é a linguagem do povo? É aí que mora o equívoco», – disse –. «Não há ninguém que se acerca com maior reverência do mistério de Deus do que o próprio povo».

«O próprio povo é aquele que mais tem reverência pelo sagrado e pelo mistério», enfatizou.

«Como é que eu posso oferecer a esse povo uma música sem unção, orações fabricadas, que a gente vê tão multiplicadas e colocadas nos bancos das igrejas, e que nada têm a ver com essa magnitude que é o homem, humano, pecador, aproximar-se do mistério.»

Segundo a escritora brasileira, barateou-se o espaço do sagrado e da liturgia «com letras feias, com músicas feias, comportamentos vulgares na igreja».

«E está tão banalizado isso tudo nas nossas igrejas que até o modo de falar de Deus a gente mudou. Fala-se o “Chefão”, “Aquele lá de cima”, o “Paizão”, o “Companheirão”.»

«Deus não é um “Companheirão”, ele não é um “Paizão”, ele não é um “Chefão”. Eu estou falando de outra coisa. Então há a necessidade de uma linguagem diferente, para que o povo de Deus possa realmente experimentar ou buscar aquilo que a Palavra está anunciando», afirmou.

Para Adélia Prado, «linguagem religiosa é linguagem da criatura reconhecendo que é criatura, que Deus não é manipulável, e que eu dependo dele para mover a minha mão».

Com esse espírito, enfatizou, «nossa Igreja pode criar naturalmente ritos e comportamentos, cantos absolutamente maravilhosos, porque verdadeiros».

Ao destacar que a missa é como um poema e que não suporta enfeites, Adélia Prado afirmou que a celebração da Eucaristia «é perfeita» na sua simplicidade.

«Nós colocamos enfeites, cartazes para todo lado, procissão disso, procissão daquilo, procissão do ofertório, procissão da Bíblia, palmas para Jesus. São coisas que vão quebrando o ritmo. E a missa tem um ritmo, é a liturgia da Palavra, as ofertas, a consagração… então ela é inteirinha.»

«A arte a gente não entende. Fé a gente não entende. É algo dirigido à terceira margem da alma, ao sentimento, à sensibilidade. Não precisa inventar nada, nada, nada», disse Adélia.

E encerrou declamando um poema seu, cujo um fragmento diz:

"Ninguém vê o cordeiro degolado na mesa,
o sangue sobre as toalhas,
seu lancinante grito, ninguém”.

Santa Joana d'Arc - Catequese de Bento XVI

"Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado." (Lc 10,21)


Caros irmãos e irmãs,

Hoje gostaria de falar sobre Joana D´Arc, uma jovem santa do final do período medieval, que morreu aos 19 anos, em 1431. Esta santa francesa citada muitas vezes no Catecismo da Igreja Católica, está particularmente ligada a Santa Catarina de Sena, patrona da Itália e da Europa, da qual falei recentemente em um das minhas recentes catequeses.

De fato, são duas jovens mulheres do povo, leigas e consagradas na virgindade; duas misticas comprometidas, não na clausura, mas em meio as realidades mais dramáticas da Igreja e do mundo no tempo delas. Elas são talvez as figuras mais características entre aquelas mulheres fortes que, no fim da era medieval levaram sem medo a grande luz do Evangelho para as complexas situações da história. Poderemos colocá-las ao lado das santas mulheres que permaneceram no Calvário aos pés de Jesus crucificado e Maria sua mãe, enquanto que os apóstolos tinham fugido e até Pedro o havia traído três vezes.

A igreja naquele período vivia a profunda crise do grande cisma do Ocidente que durou quase 40 anos. Quando Catarina de Sena morre, em 1380, existia um papa e um antipapa; quando Joana nasce, em 1412, existia um papa e dois antipapas. Junto a esta dilaceração no interior da Igreja, aconteciam continuas guerras fratricidas entre os povos cristãos da Europa, entre as quais a mais dramática foi a interminável “Guerra dos cem anos”, entre França e Inglaterra.

Joana D'Arc não sabia nem ler e nem escrever, mas ficou conhecida no mais profundo da sua alma graças a duas fontes de excepcional valor histórico: os dois Processos relacionados a ela. O primeiro, o processo da Condenação (PCON) contém a transcrição dos longos e numerosos interrogatórios de Joana durante os últimos meses da sua vida (fevereiro a maio de 1431) e contém ainda as próprias palavras da santa. O segundo é o processo da nulidade da condenação ou da “reabilitação” (PNUL) que contém o depoimento de cerca de 120 pessoas que foram testemunhas oculares de todos os períodos da vida dela. (cfr Procês de Condamnation de Jeanne d'Arc, 3 vol. E Procês em Nullité de la Condamnation de Jeanne dÁrc, 5 vol., ed klincksieck, Paris 1960-1989)

Joana nasce em Domremy, uma pequena vila situada na fronteira entre França e Lorena. Os seus pais eram dois agricultores que eram conhecidos de todos como ótimos cristãos. Joana recebeu deles uma boa educação religiosa, com uma notável base da espiritualidade do nome de Jesus, ensinada por são Bernardino de Sena e difundida na Europa pelos franciscanos.

Ao nome de Jesus vem sempre unido o nome de Maria e assim embasada na religiosidade popular, a espiritualidade de Joana era profundamente cristocêntrica e mariana. Desde a infância, ela demonstrava uma grande caridade e compaixão em relação aos pobres, aos doentes, e todos aqueles que sofriam no contexto dramático da Guerra.

Através das próprias palavras de Joana, sabemos que a vida religiosa dela era madura como experiência mística a partir da idade dos 13 anos (PCON, i, p. 47-48). Através da “voz” o Arcanjo São Miguel, Joana se sente chamada pelo Senhor a intensificar a sua vida cristã e também a empenhar-se ela própria na libertação do seu povo.

A sua imediata resposta, o seu “sim” foi por meio do voto de virgindade, com um novo empenho na vida sacramental e na oração: participação diária da Missa, confissão e comunhão frequentes, além de longos momentos de oração silenciosa diante do Crucifixo ou de Nossa Senhora.

A compreensão e o compromisso da jovem camponesa francesa diante o sofrimento do seu povo se tornaram mais intensos a partir do seu relacionamento profundo com Deus. Um dos aspectos mais originais da santidade desta jovem é justamente o da ligação entre experiencia mistica e missão politica. Depois dos anos de vida escondida e de maturidade interior, seguem os dois anos breves, mas intensos da sua vida publica: Um ano de ação e um ano de paixão.

No início de 1429, Joana inicia a sua obra de libertação. Os numerosos testemunhos nos mostram uma jovem mulher de 17 anos como uma pessoa muito forte e decidida, capaz de convencer homens inseguros e desencorajados. Superando todos os obstáculos, encontra Delfino da França, o futuro Rei Carlos VII que em Poitiers a submete a um exame que havia sido solicitado por alguns teólogos da Universidade. A constatação deles foi positiva: Nela não viam nada de mal, mas somente traços de uma boa cristã.

Em 22 de março de 1429, Joana escreve uma importante carta ao rei da Inglaterra e aos homens que investem contra a cidade de Orléans (ibid, p. 221-222). A sua solicitação é uma proposta de verdadeira paz entre os dois povos cristãos, à luz dos nomes de Jesus e de Maria, mas a proposta foi rejeitada e Joana começa comprometer-se na luta para a libertação da sua cidade, que acontece em 8 de maio. Outro momento culminante da sua ação politica é a coroação do Rei Carlos VII em Reims, em 17 de julho de 1429. Durante todo o anos, Joana vive com os seus soldados, executando no meio deles, uma verdadeira missão de evangelização.

"Agrada a Deus que assim seja: uma simples donzela expulsar os inimigos do rei."
Numerosos eram os testemunhos deles em relação a sua bondade, a sua coragem e a sua extraordinária pureza. Ela era chamada por todos e ela mesma se autodenominava “a menininha”, isto é, a virgem.

A paixão de Joana inicia-se no dia 23 de maio e de 1430, quando se tornou prisioneira nas mãos dos seus inimigos. Em 23 de dezembro foi conduzida a cidade de Rouen. Ali ela desenvolve o longo e dramático processo de Condenação que se inicia em fevereiro de 1431 e termina em 30 de maio com a pena.

Foi um grande e solene processo presidido por dois juizes eclesiásticos, o bispo Pierre Cauchon e o inquisitor Jean le Maistre, mas na realidade tudo foi inteiramente conduzido por um forte grupo de teólogos da célebre Universidade de Paris, que participaram do processo como assessores. São os eclesiásticos franceses que tendo feito a escolha politica oposta áquela de Joana, tiveram como prioridade o juízo negativo sobre a pessoa de Joana e sua missão.

Este processo é uma página envolvente da história e da santidade e também uma pagina iluminadora sobre o mistério da Igreja, que segundo as palavras do Concílio Vaticano II, é ao mesmo tempo santa e sempre necessitada de purificação. (LG,8) E o encontro dramático entre esta santa e os seus juizes, pelos quais Joana foi acusada e julgada até ser condenada como herege e condenada a terrível morte amarrada a um tronco e logo depois queimada.

Diferente dos santos teólogos que haviam iluminado a Universidade de Paris, como são Boaventura, Santo Tomas de Aquino e o beato Duns Scoto, dos quais falei em algumas catequeses, este juizes foram teólogos aos quais faltou a caridade e a humildade de ver nesta jovem, a ação de Deus.

Vêm à mente as palavras de Jesus, segundo as quais os mistério de Deus são revelados a quem tem o coração dos pequeninos, enquanto permanecem escondidos aos inteligentes e sábios (cfr Lc 10,21). Assim, os juízes de Joana são radicalmente incapazes de compreendê-la, de ver a beleza da sua alma: não sabiam que estavam condenando uma Santa.

O apelo de Joana ao juízo do papa, em 24 de maio foi rejeitado pelo tribunal. Na manhã de 30 de maio, ela recebeu pela última vez a santa Comunhão na prisão e, logo depois, foi conduzida ao suplício na praça do velho mercado.

Martírio de Joana
Ela pediu a um dos seus sacerdotes para segurar diante dela uma cruz de procissão. Assim ela morreu olhando Jesus crucificado e pronunciando muitas vezes e em alta voz o nome de Jesus (PNUL,I P. 457; cfr Catecismo da Igreja Católica, 435). Cerca de 25 anos depois, o processo de nulidade, aberto sob a autoridade do Papa Calixto III, se concluiu com a solene sentença que declarou nula a condenação (7 de julho de 1456; Pnul, II, p 604-610). Este longo processo que recolheu o depoimento de testemunhas e juízes de muitos teólogos, todos favoráveis a Joana, trouxe à luz a inocência da santa e a sua perfeita fidelidade à Igreja.

Joana D'Arc depois foi canonizada por Bento XV, em 1920.

Caros irmãos e irmãs, o nome de Jesus, invocado pela nossa santa até os últimos instantes da sua vida terrena, era como um contínuo respiro da sua alma, como a batida do seu coração, o centro de toda a sua vida.

O mistério da caridade de Joana D´Arc que tanto fascinou o o poeta Charles Péguy, é este total amor de Jesus e ao próximo, em Jesus por Jesus.

Esta santa compreendeu que o amor abraça toda a realidade de Deus e do homem, do céu e da terra, da Igreja e do mundo. Jesus esteve sempre em primeiro lugar na sua vida, segundo a sua bela expressão: Nosso Senhor deve ser servido primeiro (Pcon, I, p.288;cfr Catecismo da Igreja Católica, 223). Amá-lo significa obedecer sempre a sua vontade. Ela afirma com total confiança e abandono: Confio em Deus criador, o amo com todo meu coração (ibid, p.337) Com o voto de virgindade, Joana consagrada em modo exclusivo a sua pessoa ao único amor de Jesus: é “a sua promessa feita a nosso Senhor de guardar bem a sua virgindade de corpo e de alma (ibid, p. 149-150). A virgindade da alma foi a graça, valor supremo, para ela mais preciosa da vida: é um dom de Deus que foi recebido e guardado com humildade e confiança.

Um dos textos mais conhecidos do primeiro processo se refere a isto: “Interrogada, ela se diz estar na graça de Deus e responde: Se não estou, Deus me queira colocar, se estou, Deus me queira guardar nesta (ibid, p. 62; cfr Catecismo da Igreja Catolica, 2005).

A nossa santa vive a oração na forma de um diálogo contínuo com o Senhor, que ilumina o seu diálogo com os juizes, o que dá a ela paz e segurança. Ela pede com confiança: “Doce Jesus, em honra da vossa santa paixão, vos peço, se vós me amais, revela-me como devo responder a estes homens da Igreja." (ibidm p, 252).

Jesus foi contemplado por Joana como o “Rei do céu e da terra”. Assim, sobre o seu estandarte, Joana fez com que pintassem a imagem de Nosso Senhor que segura o mundo. (ibid, p. 172), este, ícone da sua missão politica. A libertação do seu povo é uma obra de justiça humana, que Joana cumpre na caridade, por amor a Jesus. A sua vida é um belo exemplo de santidade para os leigos comprometidos na vida politica, sobretudo, nas situações mais difíceis.

A fé é a luz que guia cada escolha, como testemunhará um século depois, um outro grande santo, o inglês Thomas More. Em Jesus, Joana contempla também toda a realidade da Igreja, a Igreja triunfante do céu, como a Igreja militante, da terra.

Segundo as suas palavras é uma única coisa Jesus e a Igreja (ibid, p.166). Esta afirmação citada no catecismo da Igreja Católica (n. 795), tem um caráter verdadeiramente heróico no contexto do processo de condenação diante aos seus juízes homens da Igreja, que a perseguiram e a condenaram. No amor de Jesus, Joana encontra força de amar a Igreja até o fim, também no momento da condenação.

Eu gosto de recordar como santa Joana D'Arc teve uma profunda influência sobre uma jovem santa da época moderna: Santa Terezinha do Menino Jesus. Em uma vida completamente diversa, que se desenvolveu na clausura, a carmelitana, de Lisieux, se sentia muito próxima a Joana, vivendo no coração da Igreja e participando dos sofrimentos de Cristo pela salvação do mundo. A Igreja as reuniu pronunciando o nome de Jesus (Manuscritto B, 3r) e era animada pelo mesmo grande amor a Jesus e ao próximo, vivido na virgindade consagrada.

Esse traço guerreiro da alma de Santa Teresinha é dominante em sua fisionomia moral. Entretanto, talvez tenha sido o mais esquecido pelos que tanto a veneram."Na minha infância sonhei combater nos campos de batalha. Quando comecei a aprender a história da França, o relato dos feitos de Joana d'Arc me encantava; sentia em meu coração o desejo e a coragem de imitá-los" (3).Santa Teresinha foi adquirindo cada vez maior consciência das profundas semelhanças entre sua vida e a da Virgem de Donrémy. Razão pela qual, em 21 de janeiro de 1894 - 101° aniversário do martírio do desditoso rei Luís XVI, ­compôs ela a peça teatral intitulada A Missão de Joana d'Arc. No ano seguinte, associando-se às festas celebradas em todo o país em honra da santa guerreira e mártir, declarada "Venerável" pelo Papa Leão XIII, compôs Joana d'Arc cumpre sua Missão, representada para toda sua Comunidade religiosa. Ali Teresa encarnava o papel de Joana d' Arc.E sua peça realçava a tomada da cidade de Orleans, a sagração do rei Carlos VII, mas sobretudo a morte na fogueira, que para ela significava o ápice da realização da missão de Santa Joana d'Arc."Um soldado francês defensor da Igreja, admirador de Joana d'Arc". Assim a pequena Teresa assinava seu Cântico para obter a canonização da venerável Joana d'Arc.Joana, a Virgem de Orleans, e Teresa, a Virgem de Lisieux, dois modelos do católico militante e combatente contra os inimigos da Santa Igreja e da Civilização Cristã. Duas grandes santas que embora tendo levado gêneros de vida tão diversos - a vida estritamente militar de uma, e a vida contemplativa da outra - conservam, contudo, profundas afinidades de alma entre si.Santa Teresinha não viu Joana canonizada. E esteve longe de imaginar que o Papa Pio XI haveria de apresentá-la ao mundo católico como "uma nova Joana d'Arc” (18 de maio de 1925) e que, no decurso da 11 Guerra Mundial, a exemplo da Pucelle d'Orleans,Pio XII a declararia "patrona secundária de toda a França"!

Caros irmãos e irmãs, com o seu iluminado testemunho, santa Joana D'Arc nos convida a uma medida alta da vida cristã: Fazer da oração o fio condutor dos nossos dias, ter plena confiança ao cumprir a vontade de Deus, qualquer que seja ela; viver a caridade sem favoritismos e sem limites e atingindo, como ela, no amor de Jesus, um profundo amor pela Igreja.


Ó SANTA JOANA D’ARC, VÓS QUE, CUMPRINDO A VONTADE DE DEUS, DE ESPADA EM PUNHO, VOS LANÇASTES À LUTA, POR DEUS E PELA PÁTRIA, AJUDAI-ME A PERCEBER, NO MEU ÍNTIMO, AS INSPIRAÇÕES DE DEUS. COM O AUXÍLIO DA VOSSA ESPADA, FAZEI RECUAR OS MEUS INIMIGOS QUE ATENTAM CONTRA A MINHA FÉ E CONTRA AS PESSOAS MAIS POBRES E DESVALIDAS QUE HABITAM NOSSA PÁTRIA.


Santa Joana D’Arc, ajudai-me a vencer as dificuldades no lar, no emprego, no estudo e na vida diária. Ó Santa Joana D’Arc atenda ao meu pedido (pedido). E que nada me obrigue a recuar, quando estou com a razão e a verdade, nem opressões, nem ameaças, nem processos, nem mesmo a fogueira.
Santa Joana D’Arc, iluminai-me, guiai-me, fortalecei-me, defendei-me.  
Amém.


Fontes:

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Unção dos enfermos para cristãos não católicos?



Uma pessoa liga ao nosso Convento e pergunta se poderia trazer para a celebração comunitária da Unção dos Enfermos uma pessoa de outra religião. Explica ele que esta pessoa é muito boa, correta, praticante em sua Igreja e que gostaria imensamente de ser ungida, uma vez que isso é muito bonito na Igreja católica. Diante disso, surge-lhe a dúvida, se o sacramento poderia ser ministrado a cristãos não católicos. 



1. Princípios teológicos

Desde o início da história da salvação, a enfermidade é inimiga do ser humano, porque quebra a sua harmonia interior, ameaça a vida, rompe com a fluência de suas energias positivas, além de abafar a sua dignidade e auto-estima. É um mal físico e moral, que por mais que se lute contra ele, muitas vezes a solução é padecer pacificamente. Um exemplo típico na Sagrada Escritura foi o de Jó, que lutou ardentemente para se libertar da enfermidade e das correntes que o amarravam ao sofrimento. Porém, no meio das tribulações, Jó supera suas crises e é considerado um herói diante de Deus e da humanidade.
O Papa João Paulo II exorta os doentes a aceitarem esse estado, conformando suas vidas a Cristo sofredor e contribuindo, desse modo, para a santidade da Igreja (Cf. PAPA JOÃO PAULO II, Exort. Ap.: Salvifici doloris, de 11 de fevereiro de 1984). Por outro lado, a Igreja intercede pelos doentes, pela conversão de seus pecados e a restituição da saúde para que eles possam reintegrar a comunhão fraterna espiritual e corporal dentro da comunidade. Nessa perspectiva, não há mais espaço na nova visão da Igreja para se falar de extrema unção, ou última unção, como se fosse o passaporte para a eternidade, mas de unção dos enfermos, para que lhes seja restituída a vida.
O Vaticano II tenta recuperar essa dimensão, quando afirma: 
“Pela sagrada unção dos enfermos pela oração dos presbíteros, toda a Igreja recomenda os doentes ao Senhor, que sofreu e foi glorificado, para que os salve e reanime (cf. Tg 5,14-16) e sobretudo os exorta a se unirem de coração à paixão e morte de Cristo (cf. Rm 8,17; Cl 1,24; 2Tm 2,11-12; 1Pd 4,13), para o bem do povo de Deus”(SC 73).
O Código de Direito Canônico incorporou essa visão teológica, afirmando que “a Igreja recomenda ao Senhor sofredor e glorificado os fiéis gravemente doentes, para que os alivie e salve”(can. 998). 

2. Matéria, forma e ministro do sacramento 

A matéria é o “óleo de oliveira ou de outras plantas esmagadas”(can. 847, § 1). Esse óleo deve ser bento na celebração própria para isso pelo bispo (Quinta-feira Santa) ou em caso de necessidade e dentro da própria celebração, por qualquer presbítero (can. 999, 2º). A unção é feita na fronte e nas mãos do enfermo. Por um justo motivo pelo perigo de contágio de uma doença, se pode usar de um instrumento, como é o caso do algodão (can. 1000, § 2).
A forma, são as palavras do sacerdote, de acordo com a tradução oficial do ritual no Brasil:
“Por esta santa unção e pela sua piíssima misericórdia, o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo (R. Amém). Para que, liberto dos teus pecados, ele te salve e, na sua bondade, alivie os teus sofrimentos. (R. Amém)”. 
O ministro da unção válida é “todo sacerdote, e somente ele”(can. 1003, § 1). 

3. Condições para alguém receber a Unção

1) Que seja uma pessoa batizada;
2) Que tenha atingido o uso da razão (tenha ao menos sete anos de idade). A unção de dementes, somente seja ministrada, se manifestarem a capacidade de raciocinar e querer livremente. Em caso de dúvida, administra-se o sacramento (can. 1005);
3) Que possua a devida intenção, ao menos implicitamente e inclua a vontade de viver de acordo com os princípios cristãos, ou em iminente perigo, que o solicite;
4) Que comece a estar em perigo de morte por doença ou por velhice. Embora o sacramento não é para moribundos, se aconselha essa praxe. Também pode ser ministrado antes de uma operação cirúrgica de risco;
5) Que não persevere em pecado grave ou manifesto (can. 1007). Isso é somente para a liceidade. Não é prudente instigar a pessoa ao arrependimento de seus pecados, sobretudo quando está prestes a passar para a outra vida.
A Unção dos enfermos pode reiterada, sempre o doente, uma vez convalescido, recaia na enfermidade grave ou se a enfermidade for permanente. Pastoralmente, se recomenda a repetição desse sacramento, que funciona como elixir para aliviar as tensões do enfermo. 
Por outro lado, se recomenda que a Unção seja unida aos outros sacramentos, na seguinte seqüência: 1) Penitência; 2) Unção; 3) Eucaristia. 
A celebração pode ser comunitária ou individual, de acordo com as circunstâncias. A celebração comunitária da Unção dos enfermos serve de incentivo e encorajamento aos que se encontram no martírio de uma doença, para que sejam fortalecidos e elevem a sua auto-estima dentro da comunidade.

4. Uma possível resposta ao fato

No Direito Canônico da Igreja católica, existe uma saída, se o caso em epígrafe for configurado à normativa do cânon 844. De acordo com tal norma, é permitida a administração dos sacramentos da eucaristia, penitência e unção dos enfermos, aos fiéis das Igrejas Orientais separadas e outras Igrejas equiparadas pela Sé Apostólica, desde que obedeçam as seguintes condições:
1) Haja solicitação espontânea;
2) Tenham a devida disposição para recebê-los;
3) Evitem o proselitismo.
Aos fiéis de outras denominações cristãs, é permitida a administração desses sacramentos, sob as seguintes condições:
1) Em perigo de morte;
2) Em caso de verdadeira necessidade, conforme o parecer do Bispo diocesano ou da Conferência Episcopal. Neste caso, as condições expressas no cânon 844, § 4, exigem que esses fiéis manifestem diante do sacramento a mesma fé católica e que estejam devidamente dispostos a recebê-los. Em outras palavras, podem ser batizados, receber a ceia, mas lhes falta neste momento a devida consciência cristã, equiparada à fé católica, justamente porque nestas denominações não existe o sacramento da unção dos enfermos.
Diante do exposto, não nos parece que a pessoa que está demandando o sacramento seja norteada pelas verdadeiras condições acima. Tudo indica que ela esteja norteada pela moda que existe em nossa sociedade de receber bênção e unção de qualquer jeito, como se os sacerdotes e pastores e pastoras fossem dispensadores de graças divinas, sem se questionar sobre a verdadeira intenção e preparação para receber o devido sacramento. O questionamento aqui vale também para uma grande maioria de católicos romanos, que também frequentam outras denominações cristãs, como se fosse um mercado de graças, bênçãos e unções. Portanto, sem saber o verdadeiro motivo para receber a unção na celebração comunitária, a Igreja católica não se sente autorizada a dispensar a tal sacramento a fiéis de outras denominações, salvo restando se preencherem as condições supramencionadas.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Católicos rezam hoje pela Igreja na China na festa de Maria Auxiliadora



VATICANO, 24 Mai. 11 (ACI/EWTN Noticias) .- Este 24 de maio, festa de Maria Auxiliadora, os católicos do mundo se unem ao convite feito pelo Papa Bento XVI a rezar pela Igreja na China, que com freqüência sofre perseguição por parte do governo.

Rádio Vaticano recorda que "com o coração dirigido ao santuário Mariano de Sheshan em Xangai", onde Maria Auxiliadora "é venerada com tanta devoção, os católicos de todo o mundo evocam as incessantes chamadas do Papa e a exortação que escreveu em sua 'Carta aos Bispos, aos presbíteros, às pessoas consagradas e aos fiéis leigos da Igreja Católica na República Popular da China'".

Nessa carta do ano 2007 o Papa instaurou este dia de oração pela Igreja na China no que "os católicos no mundo inteiro –em particular os de origem chinês– têm que mostrar sua solidariedade e solicitude fraterna por vós, pedindo ao Senhor da história o dom da perseverança no testemunho, seguros de que seus sofrimentos passados e presentes, pelo santo Nome de Jesus e sua intrépida lealdade a seu Vigário na terra, serão premiados, embora às vezes tudo possa parecer um triste fracasso".

As palavras finais dessa carta são uma exortação para que a Virgem Maria, Rainha da China, "que na hora da Cruz, no silêncio da esperança, soube esperar a manhã da Ressurreição, os acompanhe com solicitude maternal e interceda por todos vós junto com São José e com os numerosos Santos Mártires chineses".

"Tenho-lhes presentes constantemente em minhas orações e, pensando com afeto nos anciãos, nos doentes, nas crianças e nos jovens de sua nobre Nação, os abençôo de coração".

Na audiência geral da semana passada, o Papa também alentou a rezar pelos católicos da China, para que a Igreja "permaneça una, santa e católica, fiel e firme na doutrina e na disciplina eclesiástica".

A Rádio Vaticano também propõe neste dia aos católicos que rezem a oração escrita pelo Papa Bento XVI e dedicada a Nossa Senhora de Sheshan: 


"Virgem Santíssima, Mãe do Verbo encarnado e Mãe nossa,
venerada com o título de «Auxílio dos cristãos» no Santuário de Sheshan,
para o qual, com devoto afeto, levanta os olhos toda a Igreja que está na China,
vimos hoje junto de Vós implorar a vossa proteção.
Lançai o vosso olhar sobre o Povo de Deus e guiai-o com solicitude materna
pelos caminhos da verdade e do amor, para que, em todas as circunstâncias,
seja fermento de harmoniosa convivência entre todos os cidadãos.

Com o «sim» dócil pronunciado em Nazaré, Vós consentistes
que o Filho eterno de Deus encarnasse no vosso seio virginal
e assim desse início na história à obra da Redenção,
na qual cooperastes depois com solícita dedicação,
aceitando que a espada da dor trespassasse a vossa alma,
até à hora suprema da Cruz, quando no Calvário permanecestes
de pé junto do vosso Filho, que morria para que o homem vivesse.

Desde então tornastes-Vos, de forma nova, Mãe
de todos aqueles que acolhem na fé o vosso Filho Jesus
e aceitam segui-Lo carregando a própria Cruz sobre os ombros.
Mãe da esperança, que na escuridão do Sábado Santo caminhastes,
com inabalável confiança, ao encontro da manhã de Páscoa,
concedei aos vossos filhos a capacidade de discernirem em cada situação,
mesmo na mais escura, os sinais da presença amorosa de Deus.

Nossa Senhora de Sheshan, sustentai o empenho de quantos na China
continuam, no meio das canseiras diárias, a crer, a esperar, a amar,
para que nunca temam falar de Jesus ao mundo e do mundo a Jesus.
Na imagem que encima o Santuário, levantais ao alto o vosso Filho,
apresentando-O ao mundo com os braços abertos em gesto de amor.
Ajudai os católicos a serem sempre testemunhas credíveis deste amor,
mantendo-se unidos à rocha de Pedro sobre a qual está construída a Igreja.
Mãe da China e da Ásia, rogai por nós agora e sempre. Amém!"  


sexta-feira, 6 de maio de 2011

São Domingos Sávio

"Antes morrer que pecar!"

Domingos Sávio nasceu em 2 de abril de 1842, em Riva, na Itália. Era filho de pais muito pobres, um ferreiro e uma costureira, cristãos muito devotos. Ao fazer a primeira comunhão, com sete anos, jurou para si mesmo o que seria seu modelo de vida: "Antes morrer do que pecar". Cumpriu-o integralmente enquanto viveu.

Nos registros da Igreja, encontramos que, com dez anos, chamou para ele próprio a culpa de uma falta que não cometera, só porque o companheiro de escola que o fizera tinha maus antecedentes e poderia ser expulso do colégio. Já para si, Domingos sabia que o perdão dos superiores seria mais fácil de ser alcançado. Em outra ocasião, colocou-se entre dois alunos que brigavam e ameaçavam atirar pedras um no outro. "Atirem a primeira pedra em mim" disse, acabando com a briga.

Esses fatos não passaram despercebidos pelo seu professor e orientador espiritual, João Bosco, que a Igreja declarou santo, que encaminhou o rapaz para a vida religiosa. No dia 8 de dezembro de 1954, quando foi proclamado o dogma da Imaculada Conceição, Domingos Sávio se consagrou à Maria, começando a avançar para o caminho da santidade. Em 1856, fundou entre os amigos a "Companhia da Imaculada", para uma ação apostólica de grupo, onde rezavam cantando para Nossa Senhora.

Mas Domingos Sávio tinha um sentimento: não conseguiria tornar-se sacerdote. Estava tão certo disso que, quando caiu doente, despediu-se definitivamente de seus colegas, prometendo encontrá-los quando estivessem todos na eternidade, ao lado de Deus. Ficou de cama e, após uma das muitas visitas do médico, pediu ao pai para rezar com ele, pois não teria tempo para falar com o pároco. Terminada a oração, disse estar tendo uma linda visão e morreu. Era o dia 9 de março de 1857.

Domingos Sávio tinha dois sonhos na vida, tornar-se padre e alcançar a santidade. O primeiro não conseguiu porque a terrível doença o levou antes, mas o sonho maior foi alcançado com uma vida exemplar. Curta, pois morreu com quinze anos de idade, mas perfeita para os parâmetros da Igreja, que o canonizou em 1957.

Nessa solenidade, o papa Pio XII o definiu como "pequeno, porém um grande gigante de alma" e o declarou padroeiro dos cantores infantis. Suas relíquias são veneradas na basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, em Torino, Itália, não muito distantes do seu professor e biógrafo são João Bosco. A sua festa foi marcada para o dia 6 de maio.


Fonte: Paulinas

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Novena à Nossa Senhora do Rosário de Fátima


"Façam tudo o que Ele lhes disser.”

EM nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Oração Inicial: Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes revelar aostrês pastorinhos os tesouros das graças que podemos alcançar, rezando o santo rosário, ajudai-nos a apreciar sempre mais esta santa oração, a fim de que meditando os mistérios da nossa redenção, alcancemos as graças que insistentemente vos pedimos (pedir a graça). Ó meu bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu e socorrei principalmente as que mais precisarem. Nossa Senhora de Fátima rogai por nós.

Rezar 1 dezena de Ave Maria em saudação a Nossa Senhora.

Oração Preparatória: Oh! Santíssima Virgem Maria, Rainha do Rosário e Mãe de misericórdia, que vos dignaste manifestar em Fátima a ternura de vosso Imaculado Coração trazendo-nos mensagens de salvação e de paz. Confiados em vossa misericórdia maternal e agradecidos a as bondades de vosso amantíssimo coração, viemos a vossos pés para render-vos o tributo de nossa veneração e amor. Concedei-nos as graças que necessitamos para cumprir fielmente vossa mensagem de amor, e a que vos pedimos nesta Novena, se tende ser para maior glória de Deus, honra vossa e proveito de nossas almas. Assim seja.

Oração Final para todos os dias: Oh! Deus, cujo unigênito, com sua vida, morte e ressurreição, nos mereceu o premio da salvação eterna! Suplicamos-vos nos concedas que, meditando os mistérios do Santíssimo Rosário da bem aventurada Virgem Maria, imitemos os exemplos que nos ensinam e alcancemos o premio que prometem. Pelo mesmo Jesus Cristo nosso Senhor. Amém.


1° Dia

Penitência e reparação

Oh! Santíssima Virgem Maria, Mãe dos pobres pecadores!, Que aparecendo em Fátima, deixastes transparecer em vosso rosto celestial uma leve sombra de tristeza para indicar o dor que os causam os pecados dos homens e que com maternal compaixão exortastes a no afligir mais a vosso Filho com a culpa e a reparar os pecados com a mortificação e a penitência. Dai-nos a graça de uma sincera dor dos pecados cometidos e a resolução generosa de reparar com obras de penitência e mortificação todas as ofensas que se inferem a vosso Divino Filho e a vosso Coração Imaculado.

Meditar e rezar a oração final para todos os dias:



2° Dia

Santidade de vida

Oh! Santíssima Virgem Maria, Mãe da divina graça, que vestida de nívea brancura vos aparecestes a uns Pastorzinhos singelos e inocentes, ensinando-os assim quanto devemos amar e procurar a inocência da alma, e que pediste por meio de eles a emenda dos costumes e a santidade e de uma vida cristã perfeita. Concedei-nos misericordiosamente a graça de saber apreciar a dignidade de nossa condição de cristãos e de levar uma vida em todo conforme a as promessas batismais.

Meditar e rezar a oração final para todos os dias:


3° Dia

Amor a oração

Oh! Santíssima Virgem Maria, vaso insigne de devoção, que aparecestes em Fátima tendo pendente de vossas mãos o Santo Rosário, e que insistentemente repetias: “Orai, Orai muito “, para conseguir findar por meio da oração os males que nos ameaçam, concedei-nos o dom e o Espírito de oração, a graça de ser fiéis no cumprimento do grande preceito de orar, fazendo todos os dias, para assim poder observar bem os Santos mandamentos, vencer as tentações e chegar ao conhecimento e amor de Jesus Cristo nesta vida e a união feliz com Ele na outra.

Meditar e rezar a oração final para todos os dias:


4° Dia

Amor a Igreja

Oh! Santíssima Virgem Maria, reina da Igreja!, Que exortaste aos Pastorzinhos de Fátima a rogar pelo Papa, e infundiste em suas almas sinceras uma grande veneração e amor por ele, como Vigário de vosso Filho e seu representante na terra. Infunde também a nós o espírito de veneração e docilidade a autoridade do Romano Pontífice, de adesão inquebrantável a seus ensinamentos, e em Ele e com Ele um grande amor e respeito a todos os ministros da santa Igreja, por meio dos quais participamos a vida da graça nos sacramentos.

Meditar e rezar a oração final para todos os dias:


5° Dia

Maria, saúde dos enfermos

Oh! Santíssima Virgem Maria, saúde dos enfermos e amparo dos aflitos, que movida pelo rogo dos pastorzinhos, fizeste já curas em vossas aparições em Fátima, e haveis convertido este lugar, santificado por vossa presença, em oficina de vossas misericórdias maternais em favor de todos os aflitos. A vosso Coração maternal acudimos cheios de filial confiança, mostrando as enfermidades de nossas almas e as aflições e doenças todas de nossa vida. Deixai sobre elas um olhar de compaixão e remedia-las com a ternura de vossas mãos, para que assim possamos servir-vos e amar-vos com todo nosso Coração e com todo nosso ser.

Meditar e rezar a oração final para todos os dias:


6° Dia

Maria, Refúgio dos pecadores

Oh! Santíssima Virgem Maria, Refúgio dos pecadores!, Que ensinaste aos pastorzinhos de Fátima a rogar incessantemente ao Senhor para que esses desgraçados não caiam nas penas eternas do inferno, e que manifestaste a um dos três que os pecados da carne são os que mais almas arrastam a aquelas terríveis chamas. Colocai em nossas almas um grande horror ao pecado e o temor Santo da justiça divina, e ao mesmo tempo despertai nelas a compaixão pela sorte dos pobres pecadores e um Santo zelo para trabalhar com nossas orações, exemplos e palavras por sua conversão.

Meditar e rezar a oração final para todos os dias:


7° Dia

Maria, alívio das almas do Purgatório

Oh! Santíssima Virgem Maria, rainha do Purgatório!, Que ensinaste aos Pastorzinhos de Fátima a rogar a Deus pelas almas do Purgatório, especialmente pelas mais abandonadas. Encomendamos à inesgotável ternura de vosso maternal Coração todas as almas que padecem naquele lugar de purificação, em particular as de todos nossos achegados e familiares e as mais abandonadas e necessitadas; aliviais suas penas e levá-las pronto a região da luz e da paz, para cantar ali perpetuamente vossas misericórdias.

Meditar e rezar a oração final para todos os dias:


8° Dia

Maria, Rainha do Rosário

Oh! Santíssima Virgem Maria, que em vossa última aparição vos deste a conhecer como a rainha do Santíssimo Rosário, e em todas elas recomendaste o rezo desta devoção como o remédio mais seguro e eficaz para todos os males e calamidades que nos afligem, tanto da alma como do corpo, assim públicas como privadas. Colocai em nossas almas uma profunda estima dos mistérios de nossa Redenção que se comemoram no rezo do Rosário, para assim viver sempre de seus frutos. Concedei-nos a graça de ser sempre fiéis a prática de rezá-lo diariamente para honrar a Vos, acompanhando vossos alegrias, dores e glórias, e assim merecer vossa maternal proteção e assistência em todos os momentos da vida, mas especialmente na hora da morte.

Meditar e rezar a oração final para todos os dias:


9° Dia

Imaculado Coração de Maria

Oh! Santíssima Virgem Maria, Mãe nossa dulcíssima!, Que escolhestes aos Pastorzinhos de Fátima para mostrar ao mundo as ternuras de vosso Coração misericordioso, e lhes propusestes a devoção ao mesmo como o meio com o qual Deus quer dar a paz ao mundo, como o caminho para leva r as almas a Deus, e como uma prenda suprema de salvação. Fazei, Oh! Coração da mais terna das Mães!, que possamos compreender vosso mensagem de amor e de misericórdia, que o abracemos com filial adesão e que o pratiquemos sempre com fervor; E assim seja vosso Coração nosso Refúgio, nosso esperança e o caminho que nos conduza ao amor e a união com vosso Filho Jesus.

Meditar e rezar a oração final para todos os dias:


Oh! Deus, cujo unigênito, com sua vida, morte e ressurreição, nos mereceu o premio da salvação eterna! Suplicamos-vos nos concedas que, meditando os mistérios do Santíssimo Rosário da bem aventurada Virgem Maria, imitemos os exemplos que nos ensinam e alcancemos o premio que prometem. Pelo mesmo Jesus Cristo nosso Senhor. Amém.