quinta-feira, 28 de março de 2013

Ofício das Trevas



O Ofício das Trevas (matutina tenebrarum) é uma liturgia cristã relacionada à Paixão de Cristo, que existe desde o século XIII. É o ofício das matinas e laudes de quarta, quinta e sexta-feira da semana santa.

Canta-se este ofício geralmente após a meia-noite, madrugada (matinas) ou ainda logo ao amanhecer (laudes)... e por isso o auxílio das luzes de velas torna-se indispensável.


O nome deriva-se de três situações de trevas:


1 - As trevas naturais de meia-noite ao amanhecer, ou seja, as horas destinadas à recitação do ofício, lembrando as palavras de Cristo preso nas trevas da noite: "Haec est hora vestra et potestas tenebrarum" ("Esta é a vossa hora e do poder das trevas." Lc 22, 53).

2 - As trevas litúrgicas, quando durante as cerimonias da paixão apagam-se todas as luzes na igreja, exceto uma, a luz de Cristo!

3 - As trevas simbólicas da paixão.

A ação desta liturgia exige silêncio e orações para mergulhar no mistério da paixão de Jesus. Ele junta lições e salmos em um belíssimo texto retirado do breviário e rezado junto com a comunidade. Durante os séculos houve muitas formas musicadas, inclusive não apenas na forma gregoriana, mas também na forma de música clássica.

No coro da Igreja é colocado um candelabro de formato triangular, conhecido como "tenebrarum", com 15 velas alinhadas. Uma delas é de cor branca e todas as outras são feitas de cera amarela e comum, como sinal de luto e pesar.


No final de cada um dos Salmos que vão sendo cantados, o cerimoniário apaga uma das velas. Ao mesmo tempo, as luzes da igreja vão sendo apagadas também. As velas são apagadas sucessivamente, até restar apenas uma, a branca. Esta vela não é apagada. Continua acesa e é levada para atrás do altar.

As velas que vão se apagando representam os discípulos, que pouco a pouco abandonaram Nosso Senhor Jesus Cristo durante a Paixão.

A vela branca escondida atrás do altar e, mais tarde, outra vez visível, significa Nosso Senhor que, por breve tempo, se retira do meio dos homens e baixa ao túmulo, para reaparecer, pouco depois, fulgurante de luz e de glória.


Ofício das Trevas em Frederico Westphalen - RS
No fim, apagam-se as luzes para simbolizar o luto da Igreja e a escuridão que baixou sobre a terra quando Nosso Senhor morreu.

O ruído de matracas no fim do ofício de trevas significa o terremoto e a perturbação dos inimigos, e recordam a desordem que sucedeu na natureza com a morte de Nosso Senhor.

Este rito remonta, portanto, ao tempo em que ainda não havia ofícios metodicamente organizados ou quando havia, conforme a estação do ano, mudança no número de salmos.

O Ofício das Trevas mostra, de forma bastante clara, a figura do Servo sofredor e, junto d'Ele, nos colocamos rezando e meditando sobre os sofrimentos de Sua Paixão e Morte na Cruz.


Baixe o Ofício das Trevas, no rito de forma ordinária, em português, aqui.



Fontes:

quarta-feira, 27 de março de 2013

Semana Santa



Viver a Semana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus, do Evangelho. Mas acompanhar Cristo exige sair de nós mesmos, deixar de lado um modo habitudinário de viver a fé . Deus saiu de Si mesmo para vir ao nosso encontro e também nós devemos fazer o mesmo. A falta de tempo não é desculpa, disse o Papa. Não podemos nos contentar com uma oração, uma Missa dominical distraída e não constante, de algum gesto de caridade, e não ter a coragem de “sair” para levar Cristo. 
“A Semana Santa é um tempo de graça que o Senhor nos doa para abrir as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias, dos movimentos, das associações, e ‘sair’ ao encontro dos outros para levar a luz e a alegria da nossa fé, um raio de amor do Senhor. Sair sempre! E isso com o amor e a ternura de Deus, no respeito e na paciência.”
Papa Francisco

27/03/2013

quinta-feira, 21 de março de 2013

Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola

Notando que o Papa Francisco tem uma grande espiritualidade... posto aqui a fonte jesuíta em que ele aprendeu: Santo Inácio de Loyola.


Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola na Vida Cotidiana (EVC) 

A versão dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola (EVC) é uma adaptação online das experiências dos EVC já desenvolvidos por orientadores jesuítas e Centros de Espiritualidade Inaciana do Brasil. 


I - Apresentação 

1) O que são os Exercícios Espirituais (EEs) de Santo Inácio de Loyola? 

“Entende-se, por Exercícios Espirituais, qualquer modo de examinar a consciência, meditar, contemplar, orar vocal ou mentalmente e outras atividades espirituais” (Inácio de Loyola). Trata-se, pois, de uma metodologia de desenvolvimento espiritual, proposta por Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus (Ordem Religiosa dos Padres e Irmãos Jesuítas). A sua primeira redação, pelo próprio Inácio, se deu no ano de 1522, refletindo sua experiência espiritual. Mais tarde, foi enriquecida com sua experiência apostólica e sua formação intelectual (Paris, 1528-1535 e Veneza, 1536-1537). 

2) Para que servem os Exercícios Espirituais? 

A finalidade dos EEs pode ser resumida em três grandes metas:
- ser uma “escola de oração”, promovendo uma profunda união com Deus;
- desenvolver as condições humanas e espirituais para que o exercitante possa tomar uma decisão importante na sua vida;
- ser uma ajuda para a pessoa alcançar a liberdade de espírito, através da consciência do significado de sua existência, discernindo o que mais a conduz para a vida em plenitude. 

3) O que significa “método de exercício espiritual”? 

Significa que você, nos exercícios, não vai encontrar um tratado, uma teoria, nem mesmo, muito conteúdo. Mas, sim, um roteiro de exercícios. Como um roteiro de exercícios físicos, a matéria é desenvolvida pela própria pessoa, ao praticar os exercícios. Comparando-se a exercícios musicais, ou seja, um roteiro de exercícios para aprender a tocar um instrumento musical, a beleza da matéria está no resultado que a prática dos exercícios produzirem. Com o passar do tempo, a execução da música torna-se espontânea e resulta na beleza da música, na sua afinação e na sintonia com a orquestra toda. 

4) Como praticar os Exercícios Espirituais? 

Os EEs podem ser praticados na modalidade de um “RETIRO ESPIRITUAL”. Ou seja, afastando-se do seu local de vida e de atividades cotidianas, “retira-se” para um lugar mais propício à meditação. Para este fim, a Companhia de Jesus e outras congregações religiosas dispõem de casas de retiro espiritual (cf. endereços abaixo). Outra modalidade para a prática dos Exercícios Espirituais é a que se propõe neste site: “EXERCÍCIOS NA VIDA COTIDIANA” (EVC). Neste caso, sem se afastar de seus afazeres diários e se retirar a um lugar isolado, você poderá fazer os exercícios no dia-a-dia de sua vida. 

5) Como praticar os Exercícios na Vida Cotidiana (EVC)? 

Se você optar por fazer uma experiência espiritual seguindo a proposta dos EVC do presente site, observe o seguinte:
1º) Durante trinta dias, para cada dia, você seguirá um roteiro com proposta de meditação.
2º) Procure se ater somente ao conhecimento do roteiro a ser exercitado em seguida, pois, trata-se de um caminho a ser percorrido espiritualmente, em oração, e não apenas intelectualmente.
3º) Planeje sua caminhada espiritual: nestes trinta dias, dedique 30´ (trinta minutos) diários à meditação. Se possível, faça o exercício no início do dia, antes de iniciar os afazeres do dia, em ambiente silencioso que possibilite a concentração de todo o seu ser. No restante do dia você poderá retomar o Exercício, repetindo a frase ou palavra do texto bíblico que mais lhe marcou. Se você não puder dedicar esses trinta minutos exclusivos para o Exercício, você poderá fazê-lo até mesmo enquanto estiver em trânsito para o trabalho, ou em algum intervalo, durante o dia. Neste caso, você poderá fazer essa leitura antes de sair de casa ou imprimir a página do Exercício Diário ou memorizar uma frase ou uma palavra que mais te chamou atenção no texto. Quanto ao tempo de oração, Santo Inácio insiste na fidelidade diária e na pontualidade, pois essa “disciplina espiritual” é importante para você ir adquirindo um hábito espiritual. 

6) Orientação / acompanhamento espiritual? 

Se você tiver acesso facilitado, em sua Paróquia ou Comunidade, a alguém que já tenha feito os EEs completos, procure, preferencialmente no final de cada semana (ou após os trinta dias), um acompanhamento espiritual. Nesta orientação espiritual, você poderá narrar os momentos mais significativos de sua caminhada espiritual e receber ajuda para discernir os próximos passos. Se possível, procure participar de um grupo de partilha dos EVC, acompanhado por pessoa experiente em orientação espiritual. Para dúvidas práticas, você poderá acessar o contato deste site, conforme está abaixo e no final de cada semana de EEs. 

7) O roteiro de EEs. 

O que se apresenta neste site é uma proposta de um mês de exercícios diários, correspondente à iniciação dos EEs. É um roteiro com matérias específicas para cada uma das quatro semanas de oração. Após esta fase de iniciação, se você desejar um aprofundamento da experiência na prática dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, sugerimos buscar orientação especializada em algum dos centros de espiritualidade inaciana (cf. endereços no abaixo). Contudo, você mesmo poderá formular um roteiro de caminhada espiritual. Para isso, o texto do Evangelho da Liturgia Diária é excelente (cf., neste site, “Evangelho do Dia” ou “Liturgia Diária”). 

Alguns dos Centros de Espiritualidade Inaciana: 

Minas Gerais, Belo Horizonte: www.centroloyola.org.br
Minas Gerais, Juiz de Fora: www.centroloyolajf.com.br
Rio de Janeiro, São Conrado: carpacust@uol.com.br
Goiás, Goiânia: centroloyola.blogspot.com
Distrito Federal, Brasília: www.ccbnet.org.br
São Paulo, Indaiatuba: www.itaici.org.br
São Paulo, Rondinha: www.santoandre.org.br/rondinha
Rio Grande do Sul, São Leopoldo: www.cecrei.org.br
Mato Grosso, Cuiabá: secretariacbfj@brturbo.com.br
Amazônia, Manaus: diasjm@argo.com.br
Ceará, Russas: cies@yahoo.com.br
Piauí, Teresina: ciesteresina@panet.com.br


II - Roteiro Básico dos Exercícios Diários 

Para praticar os EEs, procure memorizar os cinco passos descritos abaixo, pois serão seguidos diariamente: 

Primeiro Passo
Colocar-se na presença de Deus
Oração é diálogo! Nesse caso, diálogo com Deus! Por isso, é imprescindível para a oração firmar convicção de que efetivamente esse alguém está comigo, para me ouvir e me falar, para relacionar-se comigo como duas pessoas que convivem e partilham dons e bens. Sempre, ao iniciar a oração, dedique um tempo para tomar consciência da presença de Deus em sua vida, “aqui e agora”. 

Segundo Passo
Pedir a Graça de Deus 
Trata-se, neste momento, de apresentar a Deus o pedido da Graça que quero e desejo alcançar na oração. Dizer o que quero e desejo (e repetir isso várias vezes) fortalece a vontade e configura a mente e o afeto para acolher a vontade de Deus. Há um pedido próprio para cada fase dos exercícios. Conforme a dinâmica dos EEs, o pedido faz parte de uma pedagogia que nos possibilita um gradativo desenvolvimento espiritual. Contudo, é importante você formular este pedido com suas próprias palavras. O mesmo pedido deverá ser repetido em todos os Exercícios da semana. 

Terceiro Passo
Meditar a Palavra de Deus 
Feito o pedido, leia com atenção o texto bíblico proposto para o Exercício do dia. O que Deus está me dizendo através desta palavra? O que isso pode significar para mim, na situação em que vivo atualmente? Demorar-se na meditação do texto bíblico, sem pressa, permitindo que a Palavra de Deus ecoe no íntimo de seu ser e existir. Saboreie interiormente cada palavra, cada frase. Durante o dia, você poderá recordar e repetir diversas vezes a frase ou a palavra mais marcante do texto. 

Quarto Passo
Fazer um Colóquio com Deus
Conclua sua oração com um “colóquio” com Deus, ou seja, como que conversando com Deus a respeito do seu momento de oração, fale a Ele o que você tem sentido. Numa relação de confiança e amizade autêntica, não tenha receio de manifestar a Deus os verdadeiros sentimentos e pensamentos que o presente Exercício Espiritual suscitou em você. As “moções do Espírito” são instrumentos pelos quais Deus age no mais íntimo do ser humano. 

Quinto Passo
Anotar
Concluído o Exercício, procure anotar em seu diário espiritual as percepções mais significativas da oração. O que mais me marcou interiormente? Que sentimentos, moções ou percepções a oração suscitou em mim? 
Na medida do possível, procure um acompanhamento espiritual com um jesuíta ou alguém que já tenha feito os Exercícios Espirituais completos. Neste acompanhamento você poderá partilhar sua experiência espiritual, procurar discernir o caminho percorrido e a direção dos próximos passos. A anotação que você fizer no final de cada Exercício será matéria para a orientação espiritual. 

III - Orientação 

1ª) Em cada semana você deverá repetir os mesmos passos, mudando, apenas o texto bíblico da meditação. Contudo, se em determinado Exercício o texto despertou em você moções significativas, livremente, você poderá retomá-lo em outros momentos. 

2ª) No domingo, você deverá fazer uma espécie de “repetição” dos momentos mais significativos dos exercícios da semana que passou. Como o domingo é dia de celebrar com a Comunidade Eclesial, você poderá tomar como matéria de sua oração um dos trechos bíblicos da liturgia dominical. Esse texto você poderá tirá-lo deste mesmo site (cf. “Liturgia Diária”). 

3ª) As orientações que aparecem no final do roteiro diário devem ser lidas fora do momento da oração. Como em todos os textos, você deve se deter na reflexão dessas orientações somente se houver aí alguma contribuição para o momento que você estiver vivendo e para o êxito da caminhada. 

4ª) Santo Inácio de Loyola nos chama atenção para a generosidade, uma atitude imprescindível para o sucesso dos Exercícios Espirituais: “muito aproveita entrar neles com grande ânimo e generosidade para com seu Criador e Senhor. Ofereça-lhe todo seu querer e liberdade, para que Deus se sirva, conforme Sua vontade, tanto de sua pessoa, como de tudo o que tem” (EEs, 5ª Anotação). Essa atitude de generosidade possibilita a você viver a comunicação com Deus numa relação de dom total. Pois, segundo Santo Inácio, amor é a partilha de dons e bens entre as pessoas que se amam.


Fonte:

terça-feira, 19 de março de 2013

HOMILIA DA SANTA MISSA DE INÍCIO DO MINISTÉRIO PETRINO DO BISPO DE ROMA

Igreja São José - Rio de Janeiro

SANTA MISSA

IMPOSIÇÃO DO PÁLIO E ENTREGA DO ANEL DO PESCADOR
PARA O INÍCIO DO MINISTÉRIO PETRINO DO BISPO DE ROMA

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Praça de São Pedro
Terça-feira, 19 de março de 2013
Solenidade de São José

 
Queridos irmãos e irmãs!


Agradeço ao Senhor por poder celebrar esta Santa Missa de início do ministério petrino na solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e patrono da Igreja universal: é uma coincidência densa de significado e é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão.

Saúdo, com afecto, os Irmãos Cardeais e Bispos, os sacerdotes, os diáconos, os religiosos e as religiosas e todos os fiéis leigos. Agradeço, pela sua presença, aos Representantes das outras Igrejas e Comunidades eclesiais, bem como aos representantes da comunidade judaica e de outras comunidades religiosas. Dirijo a minha cordial saudação aos Chefes de Estado e de Governo, às Delegações oficiais de tantos países do mundo e ao Corpo Diplomático.
Ouvimos ler, no Evangelho, que «José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa» (Mt 1, 24). Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja, como sublinhou o Beato João Paulo II: «São José, assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho jubiloso à educação de Jesus Cristo, assim também guarda e protege o seu Corpo místico, a Igreja, da qual a Virgem Santíssima é figura e modelo» (Exort. ap. Redemptoris Custos, 1).

Como realiza José esta guarda? Com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender. Desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento. Permanece ao lado de Maria, sua esposa, tanto nos momentos serenos como nos momentos difíceis da vida, na ida a Belém para o recenseamento e nas horas ansiosas e felizes do parto; no momento dramático da fuga para o Egipto e na busca preocupada do filho no templo; e depois na vida quotidiana da casa de Nazaré, na carpintaria onde ensinou o ofício a Jesus.

Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projecto d’Ele que ao seu. E isto mesmo é o que Deus pede a David, como ouvimos na primeira Leitura: Deus não deseja uma casa construída pelo homem, mas quer a fidelidade à sua Palavra, ao seu desígnio; e é o próprio Deus que constrói a casa, mas de pedras vivas marcadas pelo seu Espírito. E José é «guardião», porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas. Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!

Entretanto a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades, que são um mútuo guardar-se na intimidade, no respeito e no bem. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!

E quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem «Herodes» que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher.

Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito económico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura.

A propósito, deixai-me acrescentar mais uma observação: cuidar, guardar requer bondade, requer ser praticado com ternura. Nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!

Hoje, juntamente com a festa de São José, celebramos o início do ministério do novo Bispo de Roma, Sucessor de Pedro, que inclui também um poder. É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas. Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afecto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão (cf. Mt 25, 31-46). Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger.

Na segunda Leitura, São Paulo fala de Abraão, que acreditou «com uma esperança, para além do que se podia esperar» (Rm 4, 18). Com uma esperança, para além do que se podia esperar! Também hoje, perante tantos pedaços de céu cinzento, há necessidade de ver a luz da esperança e de darmos nós mesmos esperança. Guardar a criação, cada homem e cada mulher, com um olhar de ternura e amor, é abrir o horizonte da esperança, é abrir um rasgo de luz no meio de tantas nuvens, é levar o calor da esperança! E, para o crente, para nós cristãos, como Abraão, como São José, a esperança que levamos tem o horizonte de Deus que nos foi aberto em Cristo, está fundada sobre a rocha que é Deus.

Guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos: eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!

Peço a intercessão da Virgem Maria, de São José, de São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e, a todos vós, digo: rezai por mim! Amen.


Fonte:
www.vatican.va

Santa Missa de início do ministério petrino do Papa Francisco

Tu es Petrus!
O Papa Francisco desceu à cripta da Basílica de São Pedro para rezar junto com os patriarcas e os arcebispos maiores das igrejas católicas orientais antes de dar início à Santa Missa. O novo pontífice se ajoelhou perante o túmulo de São Pedro e orou por alguns minutos, antes de incensá-lo. Dois diáconos levaram ao Papa o pálio e o anel do Pescador, símbolos do poder pontifício. Após a oração, o papa, os patriarcas e arcebispos maiores das igrejas orientais e os cardeais saíram em procissão até o altar da Praça de São Pedro.


Já fora da Basílica, no altar da Praça São Pedro, o cardeal-protodiácono, Jean-Louis Tauran, impôs o Pálio (estola decorada com as cruzes do martírio); o cardeal protopresbítero Godfried Danneels, fez uma oração, e o cardeal decano Angelo Sodano entregou ao Pontífice o Anel do Pescador. Neste momento, seis cardeais, em nome de todo o Colégio Cardinalício, prestaram obediência ao Papa.



O pálio é uma estola confeccionada com lã de cordeiro que simboliza o pastor que cuida das suas ovelhas. Ele mede 2,60 metros de comprimento e 11 centímetros de largura. Sobre o pálio foram colocadas cinco cruzes vermelhas, que lembram as cinco chagas de Cristo, com alfinetes, simbolizando os cravos da cruz. Por fim, o tecido tem detalhes negros, lembrando a pata do cordeiro. 


O anel do Pescador, em prata dourada, leva uma imagem de Pedro com as chaves e jogando as redes para pescar. Francisco o usará até sua morte ou renúncia, quando o camerlengo irá retirá-lo antes de amassar ou anular a fim de que ninguém possa usá-lo e também para simbolizar o final do pontificado.

Depois aconteceu o rito da obediência. Seis cardeais - dois da ordem dos bispos, dois da dos presbíteros e dois da dos diáconos, em nome dos 207 que formam o Colégio Cardinalício, juraram obediência ao novo papa. Trata-se dos purpurados Giovanni Battista Re e Tarcisio Bertone, pela ordem dos bispos; Joachim Meisner e Ricardo Vidal, pela dos presbíteros; e Renato Martino e Francesco Marchisano, pela dos diáconos. 

A Missa, no dia de São José, padroeiro da Igreja, é oficiada pelo Papa Francisco e concelebrada por todos os cardeais. As leituras foram feitas em inglês e espanhol, e o Evangelho em grego. O Papa fez a a homilia em italiano. A comunhão foi distribuída por 500 sacerdotes e ao final da cerimônia, foi cantado o Te Deum em ação de graças. 

Todos os cardeais, patriarcas e arcebispos maiores das Igrejas orientais católicas; o secretário do Conclave, Dom Lorenzo Baldisseri, e os padres Fr. Jose' Rodriguez Carballo e Alfonso Nicolas SJ, respectivamente presidente e vice-presidente da União dos Superiores Gerais, concelebraram com Francisco a sua primeira Missa como Papa. 

Procissão pela praça 

Antes da celebração, o papa Francisco chegou à Praça de São Pedro no papamóvel descoberto para percorrer o local e saudar os fiéis. Milhares lotaram a praça e as ruas adjacentes para assistir à Missa. 

O papa chegou à praça por volta das 8h45 locais (4h45 de Brasília) e percorreu o local no papamóvel.  Assistiram à cerimônia delegações de 132 países e líderes religiosos de todo o mundo. Entre os mandatários presentes no Vaticano estava a presidente (comunista e anti-valores cristãos) Dilma Rousseff. 

Entre os líderes religiosos esteve presente o Patriarca ecumênico da Igreja Ortodoxa de Constantinopla, Bartolomeu, o que acontece pela primeira vez desde o cisma que separou católicos e ortodoxos em 1054. Da Igreja Ortodoxa também participaram o Metropolita Hilarion da Igreja Russa, os metropolitas João de Pérgamo, Tarasios de Buenos Aires, Emmanuel Adamakis do Patriarcado Ecumênico, Amfilohije da Igreja Sérvia, João Korchinsky da Igreja Albânia e o Metropolita Gennadios Zervos da Itália e Malta. Também marcaram presença representantes da Comunhão Anglicana, da Federação Luterana Mundial, da Aliança Mundial Evangélica e ainda de representantes de outros credos. 


Fontes:


segunda-feira, 18 de março de 2013

O brasão e o lema do Papa Francisco


Papa Francisco mantém o brasão e o lema de arcebispo, evocando a centralidade de Cristo, juntamente com a Virgem Maria e São José!



Foram hoje apresentados o brasão e o lema do Papa Francisco, para o seu pontificado, que mantêm os símbolos que usou enquanto cardeal e arcebispo de Buenos Aires. “No essencial, o Papa Francisco decidiu manter o seu brasão anterior, escolhido desde a sua consagração episcopal e caracterizado por uma linearidade simples”, refere um comunicado da Santa Sé, divulgado pelo Padre Lombardi, em encontro com os jornalistas.

O brasão contém um escudo azul coberto pelos símbolos da dignidade pontifícia (mitra entre chaves de ouro e prata entrecruzadas, unidas por um cordão vermelho), com o monograma com as letras do nome de Jesus em latim (IHS), monograma proposto por São Bernardino de Sena (séc. XV) e adotado por Santo Inácio de Loyola (séc. XVI) como emblema da Companhia de Jesus. Por baixo, no brasão de Papa Francisco, uma estrela de oito pontas significando as oito bem-aventuranças e uma flor de nardo, simbolizando, respetivamente, Nossa Senhora e São José (patrono da Igreja, neste caso representado de acordo com a iconografia hispânica).

O lema, “miserando atque eligendo”, evoca uma passagem do Evangelho segundo São Mateus: “olhou-o com misericórdia e escolheu-o”. A expressão é retirada de uma homilia de São Beda, o Venerável (séculos VII-VIII), e corresponde a “uma homenagem à misericórdia divina”. Este lema e “programa de vida” evoca um episódio da vida do Papa argentino, que na festa de São Mateus, em 1953, “experimentou, com 17 anos de idade, de um modo muito particular, a presença amorosa de Deus na sua vida”. “A seguir a uma confissão, sentiu o seu coração ser tocado e percebeu a descida da misericórdia de Deus, que com olhar de terno amor o chamava à vida religiosa, no exemplo de Santo Inácio de Loiola”.

Tradicionalmente, o brasão do Papa é encimado pela tiara Papal, utilizada para coroar os papas até Paulo VI, mas Bento XVI substituiu-o por uma simples tiara de bispo. As armas de Francisco mantêm a mitra. 



Fonte:

domingo, 17 de março de 2013

Chega de sedevacantismo! Habemus Papam!!!

Aqui no blog, dificilmente dou minhas opiniões, embora tenha muitas. Ocorre que não tenho muito tempo para elaborá-las no "papel". Mas como estou engasgada com tantas injúrias e difamações gratuitas que tenho lido por parte de católicos frouxos, católicos xiitas e anti-católicos contra o já amado meu, S. S. Papa Francisco... vamos lá!


Vou começar citando o Evangelho deste 5º Domingo da Quaresma: Aquele que não tiver pecado, atire a primeira pedra (Jo 8)! E quero lembrar aqui o próximo domingo, o de Ramos. Lembram-se como Jesus entrou em Jerusalém? Montado num jumentinho (Mt 21). Desde quando recusar pompas & circunstâncias (herdadas de reis misturados a Santa Igreja em tempos distantes) é errado?! Cada um com seu cada qual, oras. 

A riqueza, desde que bem compartilhada, não é pecado. Mas é muito melhor a pobreza, já dizia Nosso Senhor Jesus Cristo... É mais fácil um camelo passar pela agulha, que um rico entrar no céu (Mt 19). Então vamos parando de levantar as pedras porque isso é pura inveja! Só pode ser!!! Inveja descabida da humildade e simplicidade de um homem ESCOLHIDO PELO ESPÍRITO SANTO para pastorear as ovelhas de Cristo Nosso Senhor!

Antes me irritavam os protestantes acéfalos, mas agora me irritam os modernistas (TLs & rad-trads). Os primeiros usam das palavras do Papa Francisco, que são puramente evangélicas, para afirmar que ele é de esquerda. Os últimos usam das mesmas palavras evangélicas para acusarem o simples e humilde Papa Francisco de ser da esquerda. Afffffffff!!! Qual o problema em se ter o mesmo carisma de São Francisco de Assis, a predileção pelos pobres? Haja muuuita santa paciência!

Já leram o perfil que a Carta (comunista) Capital traçou de S.S. Papa Francisco? 

É um latino-americano de direita – A história segundo a qual Bergoglio delatou e entregou dois companheiros jesuítas à tortura pode ser ou não um mal-entendido, apesar de pelo menos um dos torturados ter morrido, anos depois, convencido da traição do seu superior. Mas é inegável que não criticava a ditadura, sorria ao lado dos ditadores de turno, não ouvia os dissidentes, EXPURGOU QUALQUER TRAÇO DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO ENTRE OS JESUÍTAS ARGENTINOS (antes fortemente progressistas) e desencorajou famílias que tentavam recuperar bebês roubados pelos militares. Nisso, acompanhou a Conferência Episcopal, cujos representantes esclareceram à Junta Militar em setembro de 1976: “nós bispos, sabemos que um fracasso (do governo) levaria com muita probabilidade ao marxismo e por isso acompanhamos o atual processo de reorganização do país, encabeçado e organizado pelas Forças Armadas, com compreensão, adesão e aceitação”.
Escreveu Adolfo Pérez Esquivel, Nobel da Paz: “não considero Jorge Bergoglio cúmplice da ditadura, mas creio que lhe faltou coragem para acompanhar nossa luta pelos direitos humanos”. Quando a Argentina, muito depois, veio a ter um governo de centro-esquerda, o arcebispo tornou-se um opositor ferrenho. Se a escolha de um latino-americano sinaliza interesse especial da Igreja pela América Latina, é no mesmo sentido que a escolha de Karol Wojtyla sinalizou interesse pelo então bloco soviético e com a mesma preocupação, pois hoje este continente concentra as mais dinâmicas experiências de esquerda e de contestação ao imperialismo. Que ninguém se iluda com suas ocasionais críticas ao neoliberalismo, que João Paulo II também fazia: não se trata de progressismo, mas do corporativismo católico conservador de Leão XIII, que fundamentou regimes como os de Francisco Franco e Antonio Salazar.

Bem, se isso é ser favorável à Teologia da Libertação... acho que todos o somos, inclusive e principalmente os quase cismáticos da FSSPX! Hahaha

Aí vão falar acerca da liturgia. Minha gente!!! A Igreja não se resume à liturgia, embora saibamos que é muito importante, ela é muito mais que isso. Certa vez, um bispo muito sábio e fiel a Igreja esclareceu-me sobre os ritos que "sejam ritos, isto é, algo que não pode ser inventado, recriado, mas recebido como um modo legítimo e normativo de rezar, dado pela Igreja. Toda família litúrgica tem virtudes e lacunas..." e o que celebramos é o "mistério Pascal de Cristo em sua inteireza: paixão, morte, ressurreição e dom do Espírito." Logo... não celebramos somente a paixão e morte (Tridentinos), nem tampouco a ceia ou ressurreição (Neocatecumenais e Ortodoxos) e dom do Espírito (Carismáticos). Citei exemplos... penso que para bom entendedor, todas essas palavras bastam, né?!

Muito se tem dito que o Papa disse isso ou aquilo... coisas de candinhas desocupadas que vivem de fofoquinhas no "fantástico mundo do facebook-blogs". Minha percepção é que Bergoglio é uma pessoa de bem com a vida, capaz de ver Deus nas coisas simples e se alegrar com isso. Sempre saiu em defesa de causas nobres e dignas do cristianismo. Tem senso de humor, o que pode confundir os que não têm... levando a interpretações idiotas. "Aaaah, mas ele é Papa... não deve fazer isso ou falar aquilo... mimimi... blablabla... mimimi..." Na boa, ele é Papa instituído por Cristo para guiar o Seu rebanho ao céu. Quem disse que ele não pode fazer isso sendo um simples e bem humorado servo do Senhor?


Vejo muito claramente a Providência Divina na trinca João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Um preparando o caminho para o outro... Esperança, Fé e Caridade. E se a minha visão estiver equivocada... faço coro a Santo Agostinho de Hipona, que disse "prefiro errar com a Igreja a acertar sozinho." 

Obediência e prudência, povo de Deus. Nenhum Santo foi desobediente ou difamou o Santo Padre. Achar-se Santa Catarina de Senna é prepotência demais da conta, a não ser que tenha uma vida de santidade e inspiração divina para bater de frente com o Santo Padre por ordem direto do Senhor. Fazendo um exame de consciência, quem tem coragem?? 

Querer instrumentalizar a Igreja para fins ideológicos políticos é heresia braba. Mas acreditar e propagar que a Tradição Católica parou em Pio XII e na Missa (que não é a de sempre!) Tridentina, é ruptura... arrogância e desobediência a serviço do capeta!! Pensem nisso.

Vamos rezar muuuito, porque é árduo o trabalho que espera o Papa Francisco!
Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja e nossa, nos guie até o Cristo Crucificado.

PAX ET BONUM!



Fontes:

"Novena" de São Patrício

Bom, a festa de São Patrício é dia 17/03, resolvi escrever essa novena (totalmente baseada em orações da Igreja ocidental e, principalmente, oriental) porque eu e um amigo somos devotos deste santo e nunca conseguimos encontrar tal novena dedicada a ele. 

O problema é que consegui orações apenas para 6 dias, rs... Mas, se alcançarmos a graça, vamos espalhar a devoção e essa "Novena de seis dias" mesmo!!!   =)



Oração para todos os dias
São Patrício, roga por nós a Cristo, Nosso Deus, pela remissão dos nossos pecados e pela graça que pedimos nesta novena (fazer pedido...)Que teu exemplo de vida desperte em nossos corações a fé e a humildade. Amém.

1º dia
Santo bispo Patrício,
Fiel pastor do rebanho de Cristo,
Tu iluminaste a Irlanda com o fulgor da Boa Nova
E o poder da Trindade!
Agora que estás na presença do Salvador,
Rogai para que ele nos guarde em fé e amor!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...


Rezar ao final todos os dias a "Couraça de São Patrício":

Cristo comigo,
Cristo em minha frente,
Cristo atrás de mim,
Cristo em mim,
Cristo abaixo de mim,
Cristo sobre mim,
Cristo à minha direita,
Cristo à minha esquerda,
Cristo quando me deito,
Cristo quando me sento,
Cristo quando me levanto,
Cristo no coração de cada um que pensa em mim,
Cristo na boca de cada um que fala de mim,
Cristo em todo olho que me vê,
Cristo em todo ouvido que me ouve.
Amém!



2º dia
Ó santo bispo Patrício,
taumaturgo, igual aos Apóstolos
e evangelizador do povo irlandês,
Rogai a nosso Deus misericordioso
pela remissão de nossos pecados.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Couraça de São Patrício


3º dia
Glorioso sejas Tu, ó Cristo nosso Deus
Que enviaste nosso pai Patrício
Como evangelizador da Irlanda e luminária na Terra
E através dele, guiaste muitos para a fé verdadeira.
Glória a Ti, nosso Deus misericordioso, glória a ti.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Couraça de São Patrício


4º dia
Da escravidão tu escapaste para a liberdade à serviço de Cristo:
Ele te enviou para libertar a Irlanda das amarras do demônio,
E plantar a Palavra do Evangelho no coração dos pagãos.
Em tuas jornadas e sofrimentos, foste como o Apóstolo Paulo!
Recebendo a recompensa celestial por teu labor,
Rogai sempre pelo rebanho que tu colheste na terra,
Santo bispo Patrício!

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Couraça de São Patrício


5º dia
Que Cristo esteja nos corações de todos que pensam em ti,
Cristo nos lábios de todos que oram a ti,
Cristo em todos os olhos que vêem ti,
Cristo em todos os ouvidos que ouvem tuas palavras,
Ó nosso santo pai Patrício.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Couraça de São Patrício


6º dia
Enquanto viveste na terra, ó bendito pai Patrício,
tu te puseste sob o nome da Santíssima Trindade,
a Indivisível Trindade que criou o universo.
Agora que estás diante do trono celeste,
roga a Cristo Nosso Deus pela salvação de nossas almas.

Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai... Couraça de São Patrício


quarta-feira, 13 de março de 2013

Habemus Papam: Francisco



O felix Roma – o Roma nobilis:

Sedes es Petri, qui Romae effudit sanguinem,
Petri cui claves datae sunt regni caelorum.

Pontifex, Tu successor es Petri;
Pontifex, Tu magister es tuos confirmans fratres;
Pontifex, Tu qui Servus servorum Dei,
hominumque piscator, pastor es gregis,
ligans caelum et terram.

Pontifex, Tu Christi es Vicarius super terram,
rupes inter fluctus, Tu es pharus in tenebris;
Tu pacis es vindex, Tu es unitatis custos,
vigil libertatis defensor; in Te potestas.

S.S. Papa Francisco

VOX ACUTA, VOX ALTERA AB ACUTA

Tu Pontifex, firma es petra, et super petram
hanc aedificata est Ecclesia Dei.

VOX MEDIA, VOX GRAVIS

Pontifex, Tu Christi es Vicarius super terram,
rupes inter fluctus, Tu es pharus in tenebris;
Tu pacis es vindex, Tu es unitatis custos,
vigil libertatis defensor; in Te potestas.

O felix Roma – O Roma nobilis.


Cidade do Vaticano, 13 mar 2013 (Ecclesia) – O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi hoje eleito como novo Papa da Igreja Católica, o primeiro do continente americano, e escolheu o nome de Francisco I. 

“Sabeis que o dever do Conclave era dar um bispo a Roma: parece que os meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase ao fim do mundo”, disse, na primeira aparição perante cerca de 150 mil pessoas que lotaram a Praça de São Pedro, no Vaticano. 

O novo Papa surpreendeu os presentes ao pedir “um favor”, antes de dar a sua tradicional bênção neste encontro inicial. 

“Peço-vos que rezem ao Senhor para que me abençoe, a oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. Façamos em silêncio esta oração”, declarou, conseguindo calar a multidão que se encontrava em festa há cerca de uma hora, após a saída do fumo branco da chaminé colocada sobre a Capela Sistina. 

A primeira bênção seria, posteriormente, estendida a "todo o mundo, a todos os homens e mulheres de boa vontade". 

O Papa começou por desejar uma “boa noite” aos presentes e agradeceu o “acolhimento” da comunidade de Roma. 

Francisco I começou por propor uma oração pelo Papa emérito, Bento XVI, para que o “Senhor a abençoe”. 

A intervenção aludiu depois a um “caminho” que começa, unindo “bispo e povo”, na Igreja de Roma, “aquela que preside na caridade a todas as Igrejas”. 

“Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós”, precisou. 

“Rezemos sempre por nós, uns pelos outros, por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade”, acrescentou o novo Papa. 

Francisco I deixou votos de “este caminho da Igreja” seja “frutuoso para a evangelização desta tão bela cidade (Roma)”. 

"Irmãos e irmãs, agora deixo-vos: obrigado pelo vosso acolhimento. Rezai por mim, vemo-nos em breve, amanhã quero ir rezar a Nossa Senhora para guarde toda a (cidade de Roma). Boa noite e bom descanso", disse, ao despedir-se. 

O fumo branco saiu hoje da chaminé colocada sobre a Capela Sistina a partir 19h06 locais (menos uma em Lisboa). 

O sucessor de Bento XVI, que renunciou ao pontificado, foi eleito no quinto escrutínio da reunião eleitoral iniciada esta terça-feira, à porta fechada, pelas 17h34 (hora de Roma). 

Francisco I tem menos dois anos do que Joseph Ratzinger quando este foi eleito em abril de 2005, aos 78 anos. 

O agora Papa emérito, de 85 anos, renunciou por causa da sua “idade avançada”.


Perfil
Nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina, Jorge Mario Bergoglio formou-se engenheiro químico, mas escolheu posteriormente o sacerdócio, entrando para o seminário em Villa Devoto. Em março de 1958, ingressou no noviciado da Companhia de Jesus (jesuítas). Em 1963, ele estudou humanidades no Chile, retornando posteriormente a Buenos Aires. 

Entre 1964 de 1965, Bergoglio foi professor de literatura e psicologia no Colégio Imaculada Conceição de Santa Fé e, em 1966, ensinou as mesmas matérias em um colégio de Buenos Aires. De 1967 a 1970, estudou teologia. 

Em 13 de dezembro de 1969, foi ordenado sacerdote.


Fontes: